Oito estabelecimentos comerciais que funcionam como casas de prostituição no município de Buenos Aires terão que ser interditados pela prefeitura, no prazo de 30 dias. Esta é a recomendação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) que recebeu informações sobre os locais, os quais, além de serem destinados à exploração sexual, são pontos de encontro de traficantes de drogas, de consumo de entorpecentes, de práticas de jogos de azar, de venda de bebidas alcoólicas a adolescentes e de poluição sonora.
De acordo com o documento, assinado pelo promotor de Justiça Eduardo Henrique de Melo, tanto a Polícia Militar quanto a prefeitura já elaboraram relatórios a respeito dos estabelecimentos. As conclusões relatadas foram: todos os locais estão com alvarás de funcionamento irregulares; é comum a ocorrência de crimes violentos nas áreas próximas aos estabelecimentos; e nas casas fiscalizadas foram constatadas presenças de mulheres exploradas sexualmente e quartos destinados para estas atividades.
O delegado de Buenos Aires ficou responsável por instaurar inquéritos policiais contra os responsáveis pelos estabelecimentos comerciais para apurar a prática de crimes tipificados no Código Penal Brasileiro. O promotor solicitou que a conclusão destes inquéritos seja realizada em 30 dias.
Já o prefeito, além de interditar os locais, deve conceder 90 dias para que todos os bares e restaurantes da cidade regularizem os alvarás de funcionamento, os quais devem ser avaliados pelas Polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, Conselho Tutelar e Vigilância Sanitária. Caso a regularidade não seja restabelecida, está prevista a interdição dos locais até a devida regularização.